Qual deve ser o número de crianças por professor na Educação Infantil?

Muitos pais se preocupam com a relação entre o número de crianças em uma sala de aula e o de educadores e cuidadores presentes. Mais importante do que a relação em si é levar em conta a idade das crianças e seu grau de autonomia e desenvolvimento. Segundo o Ministério da Educação, em sua cartilha “Dúvidas mais frequentes sobre Educação Infantil”:

"O número de crianças por professor deve possibilitar atenção, responsabilidade e interação com as crianças e suas famílias. Levando em consideração as características do espaço físico e das crianças, no caso de agrupamentos da mesma faixa de idade, recomenda-se a proporção de 6 a 8 crianças por professor (no caso de crianças de zero a um ano), 15 crianças por professor (no caso de crianças de dois a três anos) e 20 crianças por professor (nos agrupamentos de crianças de quatro e cinco anos)."

A intenção do documento é criar parâmetros para a composição de turmas com crianças de 0 a 5 anos, tendo como objetivo o ensino o mais individualizado possível.

 

 

As crianças desta faixa etária têm demandas específicas que precisam ser vistas. Esses são os anos mais sensíveis de um indivíduo, quando mais necessita da experiência afetiva com seus cuidadores.

As crianças, ao nascerem, contam com cerca de 100 bilhões de neurônios, muito mais do que precisaremos ao longo da vida. Entretanto, no nascimento, esses neurônios ainda não estão ligados em rede, ou seja, não estabeleceram sinapses. A principal tarefa do desenvolvimento cerebral inicial é a formação e o reforço dessas ligações. As conexões entre os neurônios se formam à medida que a criança experimenta o mundo e estabelece ligações com seus cuidadores. Logo, os vínculos afetivos e as experiências vividas desempenham papel fundamental no desenvolvimento do circuito neuronal de uma pessoa.

Bebês possuem a inata capacidade para crescer e se desenvolver. Entretanto, para que o desenvolvimento físico, emocional, mental e motor possa ocorrer, há condições a serem preenchidas.

É por meio dos cuidados, da relação bebê-cuidador, que a criança irá perceber a si mesmo e seu corpo, formando sua imagem corporal. A abordagem Pikler nos ensina que as experiências adquiridas através do próprio corpo são essenciais no desenvolvimento humano. A criança aprende a respeito de si, expressando o que deseja. É um processo de aprendizagem, em que a criança percebe pela repetição dos fatos que o adulto o ajuda a cessar suas tensões (fome, frio, fralda suja etc.).

 

 

Pensando em tudo isso, a Materna oferece um maior número de educadores e cuidadores por crianças do que a recomendação do Ministério da Educação (recomendação porque não tem força de lei) em especial até os três anos de idade, época mais sensível que inclui o desmame, os primeiros passos, as primeiras palavras, o desfralde e o início da percepção de si separado dos outros. Além do número maior, há especialistas da área da saúde que acompanham o desenvolvimento e as necessidades mais individuais dos pequenos e orientam pais e professores em relação a algumas condutas importantes desta fase.

Na Materna, nossa maior preocupação é o bem estar e o bom desenvolvimento das nossas crianças. É nisso que investimos sempre!

 

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